Bom Dia Vigilante

Agências bancárias fechadas colaboram para redução nos números de ataques a banco em todo país

Em um ano atípico, com grande parte das agências bancárias fechadas, devido as medidas tomadas no combate a pandemia causada pelo coronavirus, em 2020 a redução dos ataques a banco caiu mais da metade, atingindo um percentual de 54% (569) a menos com relação a 2019 (1260).
As modalidades que mais tiveram redução de ataques foram carro-forte em primeiro lugar com redução de 67% (24), os Correios com 64% (34), seguidos por assalto a banco com 56% (99).
Menos agências, menos circulação de dinheiro, menos ataques aos carros-fortes. Segundo matéria divulgada pelo site Infomoney, a pandemia acelerou a digitalização em diversos setores, e essa tendência ganhou impulso entre os bancos privados brasileiros.
O fechamento de agências soma cerca de mil e trezentas, entre, Itaú, Bradesco, Santander e Banco do Brasil, apenas a Caixa manteve estável seu número de agências devido aos programas do governo.
Outro motivo para a redução, são as agências que migraram para “agências de negócios”, foram retirados os caixas físicos e mantidos apenas o atendimento personalizado, focado na parte burocrática, como no Santander e Bradesco.
As quadrilhas continuam focadas nos ataques as cidades pequenas, com pouco policiamento, pois são alvos fáceis. Nesses locais bandidos promovem verdadeiras cenas de guerra, com armamento de grosso calibre, além da utilização de explosivos. Como por exemplo, a ocorrência em Botucatu, no dia 21 de julho de 2020, em que um grupo de cerca de 40 bandidos armados e mascarados atacou pelo menos três agências bancárias da cidade — uma delas foi destruída por explosivos —, fez moradores reféns e por mais de três horas trocou tiros com policiais, ferindo dois deles. (Fonte Uol)
“A redução dos ataques a banco não tem nada de positivo, infelizmente o número se deve a quantidade de agências que foram fechadas em 2020. Mais de mil agências desativadas em um ano e milhares de vigilantes e bancários na rua. O que deveria diminuir de fato são as quadrilhas, que continuam impunes, cada vez mais aparelhadas, aterrorizando os locais por onde passam.” Destacou o presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores de Segurança Privada (Contrasp), Federação dos Vigilantes do Paraná (Fetravispp) e SindVigilantes Curitiba, João Soares.
Os estados líderes no ranking de ataques a banco são: São Paulo (179) em primeiro lugar, seguido por Rio Grande do Sul (57), Minas Gerais (55), Rio de Janeiro (42), Paraíba (38) e o Paraná (37).